quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A época da Inocência

Nesse livro Edith Wharton fala do triângulo amoroso entre Newland Archer, sua noiva May e a condessa Ellen Olenska, prima de May.
Na história, Archer é um rapaz vivendo a vida do jeito que a sociedade exigia e sentindo bem com isso pois não conhecia outra maneira. Noivo da bela May ele é atraído pela recém divorciada Ellen Olenska que chega causando comoção em Nova York. É interessante ver como ao entrar em contato com Ellen, Archer começa a se questionar sobre a sociedade hipócrita em que vive que permite qualquer deslize dos homens e até espera por isso e quer perfeição da mulher. Ele começa a perceber que viveria uma vida sem nada extraordinário, apenas uma vida correta.
Quando li o livro pensei: Será que o mundo não muda nunca? Tanto naquela época(1870)como hoje em dia, as pessoas podem fazer o que quiserem desde que escondam e não sejam. Ainda evitamos os assuntos que nos desagradam mas adoramos fofocas e no livro quase dá para ouvir os sussuros.
As partes que mais gosto do livro são:
Archer fugindo de Olenska, quando ela o chama e ele vai até a noiva para adiar o casamento.
May tão perfeita e boa moça mas sabendo jogar para manter seu casamento de uma forma bem delicada sem escandalos.
Ellen abrindo mão de seu amor pela prima. Sempre achei que ela não queria que as pessoas estivessem certa sobre ela, pois apesar do seu casamento fracassado nunca havia feito nada de errado.
Archer tentando ensinar a May a pensar e ter sua própria opinião mas desistindo ao perceber que ela apenas diz o que ele quer ouvir e que acabaria sendo como sua mãe e ele como seu pai.
Gosto dos personagens ambíguos nem bons nem maus apenas humanos, da forma como critica a sociedade tão perfeita na superficie.

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