terça-feira, 28 de abril de 2015

Objetos Cortantes



   Então eu lí o livro acima e ao contrário dos últimos livros postados, desse eu gostei. Segundo descobri, foi o primeiro livro da Gillian Flynn.
   Narra a história de Camille Preaker, que trabalha num jornal pequeno de Chicago. Ela recebe do seu chefe a tarefa de escrever sobre um assassinato de uma garota de 9 anos e o sumiço recente de outra garota desaparecida em sua cidade natal, Wind Gap, que deixou para trás há 8 anos, onde fica hospedada na casa de sua familia, com sua mãe controladora, uma meia irmã de 13 bizarramente malvada e um padrastro que não faz diferença na história. Os outros personagens são os moradores, que ficam chocados e não querem acreditar que alguém da cidade tenha cometido um crime tão perverso, mas ao mesmo tempo gostam de algo para ter sobre o que fofocar.
 A cidadezinha aparentemente tão tranquila, aos poucos vai se desvendando cada vez mais sinistra onde nada é o que parece ser e a própria Camille vai se mostrando cada vez mais perdida com o que descobre.
   Eu li a história pensando se fosse um filme, até mesmo porque a principio quando li que a Charlize Theron faria um filme baseado na história de Gillian, me enganei ao achar que seria esse. Acho que ela faria muito bem o papel da linda e instável jornalista, e pensei que a Meryl Streep poderia fazer o papel da mãe.
   Quando estava acabando de ler, fiquei com medo de ser um final como o de Garota exemplar, em que a vilã se dá bem. Eu não vou dizer aqui se foi assim ou não, mas independente do final eu gostei.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Apenas um dia

   Então eu li Apenas um dia de Gayle Forman, que é o mesmo escritor de Se eu ficar, que virou filme.
   Nesse livro, Allyson Healey é uma garota timida, boa aluna, boa filha, enfim uma boa garota com todo seu destino traçado pela frente, que ao conhecer um aventureiro chamado Willem em uma viagem pela Europa aceita seu convite de embarcar numa aventura e vai para Paris para passar um dia com ele. Tudo vai bem até que após passarem a noite juntos, ele desaparece no dia seguinte, Allyson então volta para casa nos Estados Unidos, apaixonada e magoada.
   Eu gostei do livro. Não de cara, porque para mim, uma história onde a mocinha viaja sozinha com um desconhecido para um lugar que não conhece parece mais enredo de suspense ou terror do que um romance.( Aliás, garotas adolescentes ou mulheres adultas não tentem fazer isso na vida real!) Achei muito chato o quanto ela sofre por um cara que não conhece e como ela se deixa ser controlada pela mãe mesmo após a ida para faculdade.Gostei quando ela finalmente se rebela, se descobre e se revela para sí como alguém mais interessante do que a garota chorona que sofre ao ser largada por um cara que nem conhece.
 

 
 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cidades de Papel

   Outro dia estava fazendo um teste no face (já perceberam como tem testes no facebook?) e fiz um pra ver qual mocinho dos livros do John Green seria meu par ideal. E o resultado foi o Quentin do livro Cidades do papel. Então eu fiquei empolgada porque vai ter o filme baseado no livro com o Nat Wolf e a modelo Cara Delavigne eu gostei muito do Nat Wolf por causa do filme Ligados pelo Amor. Ele tem aquele charme meio nerd, meio geek que eu gosto. E a Cara Delavigne é minha modelo favorita (sim, eu tenho uma modelo favorita, eu também tenho direito a ter meu guilt pleasure!) por ser toda descolada e parecer não dar a mínima para nada.
  E então eu li o livro, que fala do Quentin, que é um dos impopulares da escola. Ele é vizinho da Margo Roth Spiegelman, por quem é apaixonado e também a menina mais incrível da escola. Eles eram amigos na infancia mas acabam se distanciando após um incidente. Até que uma noite, faltando duas semanas para a formatura, Margo vai ao quarto de Quentin com o rosto todo pintado de preto e pede que ele seja seu motorista pois ela tem umas tarefas pra fazer, o que inclui sacanear o namorado que ela descobriu que a estava traindo com sua amiga, a amiga e outras pessoas. Então eles passam a noite nessa aventura que me lembra um filme  Que garota!Que noite!. Só que no dia seguinte a Margo some e ninguém sabe onde ela está. Os pais contratam um investigador mas parecem meio de saco cheio já que ela sempre faz isso deixando pistas que eles nunca conseguem entender e depois volta irritada. Quentin então começa a seguir as pistas que aparentemente foi deixada para ele poder encontra-la. E não vou falar mais para não dar spoiler.
  Então, em primeiro lugar eu gostaria de dizer que gosto do João Verde ter feito algo diferente de A culpa é das estrelas porque me irrita quando vejo um escritor fazendo o mesmo trabalho de formas diferentes, com os mesmos personagens e situações iguais ( estou falando de você, Nicholas Sparks!) mas não acontece nada de muito interessante na história. A Margo mal aparece, só sabemos que ela é oh tão incrível mas eu pelo menos ainda não sei porque, o personagem não foi melhor aproveitado. Ela me parece meio rebelde sem causa, meio carente de atenção. E imagino que vai ter um monte de flashback no filme para que a personagem apareça mais do que aparece no livro.
  Ainda quero ver o filme por causa dos motivos que eu já falei, mas não gostei do livro. Espero que no filme explique melhor a motivação da Margo

domingo, 5 de abril de 2015

Mentirosos- E. Lockhart

   Esse livro eu descobri ao passar pelo site da teen vogue e o título me deixou muito curiosa, então resolvi dar uma pesquisada, e da pesquisa sobre a sinopse passei para a certeza que morreria se não lesse. O que não aconteceu, como percebem, porque não só estou viva como também li o livro.
   O livro fala sobre os Sinclair, que são uma familia rica, branca e tradicional, narrada pelo ponto de vista  de Cadence Sinclair, a neta primogênita. Cadence e os primos Johny e Mirren e o amigo Gat -que se auto intitulam mentirosos- passam todos os verões em uma ilha particular com sua familia.
   Tudo vai bem até o verão dos quinze anos, em que algo acontece, não se sabe exatamente o que e Cadence fica 2 anos sem ir a ilha e sofrendo dores de cabeça terriveis por causa desse acidente que ela não se lembra. Nesse período ela tenta contato com os mentirosos por email e cartas mas nunca tem resposta, até que ela volta à ilha e vai se lembrando aos poucos do que realmente aconteceu.
   A E. Lockhart escreve com uma delicadeza que não se vê sempre nos escritores atuais. Gosto de como ela descreve tudo de uma forma bem simples e de repente, ao falar de quando o pai vai embora solta uma frase assim:
Então sacou uma pistola e atirou no meu peito.
 Eu adorei essa frase!
      A E. Lockhart te mantem no escuro junto com a Cadence e você vai descobrindo o que aconteceu junto com ela que nada na verdade é o que aparenta ser, principalmente quando se trata dos Sinclair.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um dia

     O livro Um dia de David Nicholls não tem nada de extraordinário: nada de intrigas, amores proibidos, tragédias, vampiros ou monstros. É só a história de amor e amizade entre 2 pessoas comuns, Dexter e Emma, enquanto amadurecem. Como eu disse, nada de extraordinário, tão simples e realista que poderia ter sido tirado do diário de alguém.E por isso mesmo (aprendam escritores!) tão gostoso de ler!
     A história começa em 15 de julho de 1988 quando Dexter e Emma passam um dia inteiro juntos após a formatura da faculdade. Ela, inteligente, toda careta e com uma grande queda por Dexter, ele, bonitão e popular e só querendo curtir mas ainda assim, mesmo não tendo uma grande queda, acho que meio intrigado por ela mas só balançarem algo mais brilhante na frente dele que logo se distraí. Enquanto lia,eu pensava ''Não é sempre assim? Tão bonitos e imaturos e a gente só esperando!"comentário que meu namorado detestou.
      É claro que não é apenas isso, afinal são 19 anos (não 20, de 88 a 2007,eu contei!) que se segue e os dois mantem a amizade que surgiu após aquele primeiro dia, mesmo sendo tão diferentes. E cada ano naquela mesma data, 15 de julho podemos saber o que acontece em suas vidas, fracassos e sucessos, relacionamentos e casamentos, enfim a própria vida acontecendo. Nem sempre tão juntos e nem sempre tão amigos mas sempre na cabeça um do outro.
       Adorei Dex e Em, quando lia sempre me vinha na cabeça a palavra agridoce ( Na verdade bittersweet porque agridoce me faz pensar em comida!) porque as vezes é amargo e doce ao mesmo tempo. Gosto dos silêncios entre os dois quando querem dizer algo um para o outro que não sabem bem o que é, e de como as vezes parecem tão perdidos em suas carreiras, me fez pensar que não é só eu.
       Meu novo livro do coração.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Esse é meu


Desconto de fadas



Era uma vez três princesas outro dia, em uma cidade qualquer, em um restaurante da moda.

Chega Aurora. Cinderela e Branca de neve já estão na mesa de sempre.

-          Desculpa o atraso meninas. Acabei acordando tarde. Passei a noite revisando as roupas para o desfile na Fashion Week esse fim de semana.

-          Tudo bem – Diz Cinderela – não vou poder ficar muito tempo.Sabe a Chapeuzinho vermelho? Sou advogada dela. Ela esta sendo acusada de planejar a morte da vó para ganhar a herança.

-          Mas não foi o namorado dela vestido de lobo?

-          A branca não seja sonsa! Você não acha estranho o namorado fazer isso? O que ele ganharia? – Pergunta Aurora.

-          Eu prefiro acreditar nos outros!

-          E por isso quase morreu envenenada! – Cinderela fica impaciente:

-          Já chega ! Parem de agir como crianças!

-          Tá bom, tá bom! Diz Aurora e Branca de neve.

As três fazem os pedidos. Enquanto esperam, começam a falar de Alice, que saiu há pouco tempo da re-habilitação. De novo.

Branca de neves diz:

-Só faz um mês e ela voltou para casa depois de 3 dias na cracolândia. Apareceu com uma historia que seguiu um coelho de relógio e caiu num buraco.

- Adolescente só da trabalho! Por isso não tive filhos! Diz Cinderela.

Branca e Aurora trocam olhares sem Cinderela perceber. A fofoca é que ela tentou de tudo até descobrir que não podia engravidar.

-          É difícil, mas se não fosse pelo meu filho o divorcio teria sido insuportável. Foi ele  que me manteve de pé – Diz branca.

Branca se separou após descobrir que o “príncipe” na verdade era um mafioso, envolvido até com a Cosa Nostra.

O que não a impede de aceitar sua gorda pensão.

-          Mas também tenho pavor da fase da adolescência. Lembram de quando eu era mais nova e participei daquele reality show em que fiquei com 7 caras numa casa durante 1 mês?

-          Você era bem louca! Comenta Aurora – Depois foi para Las Vegas e se casou com o primeiro que apareceu.

-          Você tem sorte que o bebe é a cara do seu ex! Brinca Cinderela.

Os pratos chegam.

-          Sabe de uma coisa Branca? Acho que você deveria trabalhar – Diz Cinderela – Quando me casei o que me salvou foi meu emprego. O príncipe deixou bem claro, logo na lua de mel que eu deveria cuidar da casa. Como se eu fosse me sujeitar a isso de novo. Se fosse para ser escrava eu não precisava sair de casa.

-          É verdade! Exclama Aurora – Quando me casei achei que deveria aproveitar a fortuna que eu nem sabia que tinha, mas só fazer compras e dormir cansa.Logo depois do casamento Felipe me disse que eu deveria expandir meus horizontes e como sempre gostei de costurar  resolvi abrir minha butique.

Na verdade, “logo depois ”foi após 1 ano de casamento quando o príncipe disse:”Estou cansado de uma mulher que só dorme e faz compras! Vê se arruma um emprego, pelo amor de Deus ” e cortou sua mesada.

-          Ah, para vocês é fácil! Eu não sei fazer nada!

-          Podia voltar a desfilar – Diz Cinderela.

-          Aos 30? Alfineta Aurora.

-          Ei!!! Tenho 27 anos! Mente Branca – mas depois de 5 anos quem iria me contratar?

Cinderela e Branca olham para Aurora.

-          Ah não! Não,não mesmo! De novo, não!

-          E por que não? Me da um motivo!

-          Todo mundo só falava de você caindo de bêbada no meio da passarela nada sobre as minhas roupas.

-          Me dá outro motivo.

-          Não trabalho mais com amigas, não dá certo.

-          Mas eu não sou sua amiga, você nem gosta de mim!

-          Ah, isso é verdade – Cinderela diz pra Aurora.

-          Então o motivo é esse,não gosto de você! Se vira, descubra o que gosta de fazer e faça.

Branca fecha a cara. Arranjar um emprego sozinha dava muito trabalho. Olha para Cinderela como quem pede ajuda.

-     Bom, eu posso ver se tem alguém precisando de alguma assistente – Diz Cinderela.

Branca sorri em agradecimento, mas um empreguinho de assistente era o máximo que Cinderela podia fazer? Tão sem graça, sem glamour!

Terminada a refeição e dividida a conta as 3 amigas começam a se despedir.

-          Tchau garotas, tenho que voltar ao escritório.

Aurora também se levanta rápido para não ficar para trás com Branca, que acha terrivelmente mimada.

Como se ela também não fosse.

-          Tchau gente.

-          Tchau, eu te ligo Cindy.

-          Ok – Diz Cinderela, já arrependida. Detestava fazer favores e arrumar emprego para desajeitada da Branca seria um trabalho hercúleo.

E assim, cada uma vai embora em suas limusines menos Cinderela que prefere dirigir seu próprio carro.

Priscila Sampaio da Silva 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A época da Inocência

Nesse livro Edith Wharton fala do triângulo amoroso entre Newland Archer, sua noiva May e a condessa Ellen Olenska, prima de May.
Na história, Archer é um rapaz vivendo a vida do jeito que a sociedade exigia e sentindo bem com isso pois não conhecia outra maneira. Noivo da bela May ele é atraído pela recém divorciada Ellen Olenska que chega causando comoção em Nova York. É interessante ver como ao entrar em contato com Ellen, Archer começa a se questionar sobre a sociedade hipócrita em que vive que permite qualquer deslize dos homens e até espera por isso e quer perfeição da mulher. Ele começa a perceber que viveria uma vida sem nada extraordinário, apenas uma vida correta.
Quando li o livro pensei: Será que o mundo não muda nunca? Tanto naquela época(1870)como hoje em dia, as pessoas podem fazer o que quiserem desde que escondam e não sejam. Ainda evitamos os assuntos que nos desagradam mas adoramos fofocas e no livro quase dá para ouvir os sussuros.
As partes que mais gosto do livro são:
Archer fugindo de Olenska, quando ela o chama e ele vai até a noiva para adiar o casamento.
May tão perfeita e boa moça mas sabendo jogar para manter seu casamento de uma forma bem delicada sem escandalos.
Ellen abrindo mão de seu amor pela prima. Sempre achei que ela não queria que as pessoas estivessem certa sobre ela, pois apesar do seu casamento fracassado nunca havia feito nada de errado.
Archer tentando ensinar a May a pensar e ter sua própria opinião mas desistindo ao perceber que ela apenas diz o que ele quer ouvir e que acabaria sendo como sua mãe e ele como seu pai.
Gosto dos personagens ambíguos nem bons nem maus apenas humanos, da forma como critica a sociedade tão perfeita na superficie.